Chegou o grande dia, 21 de novembro de 2010! Acordei com dor de barriga, óbvio.
As mãos ficaram geladas até a hora do show. Não consegui comer direito, nem tive as gordices de querer o salgadinho, o lanche gelado e o suflair de 5,00 do estádio. Não dava, não ia descer.
Meu pai era só felicidade! Foi fazendo amizades com as pessoas em volta, colocou sua faixinha na cabeça e me pedia pra tirar fotos o tempo todo. Me abraçava, me beijava, me agradecia e ainda disse no meu ovuido
"Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida!".
Ele com a minha idade viu os Beatles bombar no mundo e imaginava que se ganhasse na loteria ia viajar pra europa só pra ver um show da banda mais legal do mundo. Imaginar que veria um beatle com uma filha era algo impossível, mas aconteceu. E foi lindo!
Sir Manolo e eu
Não sei se o momento mais lindo foi em
The Long and Widing Road no qual eu desabei a chorar, ou em
Let it Be que cantamos eu e meu pai abraçadinhos,
Give Peace a Chance com as bexigas brancas dominando o estádio, ou talvez em
Something quando a garganta apertou ao mostrar as fotos de George Harrison no telão. Só sei que foi mágico! Ainda ñ digeri tudo.
Acredito que nenhum outro show vai me fazer sentir do jeito que senti (e ainda estou sentindo). Paul McCartney sabe como tocar 64 mil pessoas ao mesmo tempo. Fazer chorar, rir, cantar e se encantar como o carisma e a fofura dessa lenda do rock. Um verdadeiro show man. Não foi apenas um show musical, foi um show de emoções!
Meu pai disse que foi um dos dias mais felizes da vida dele. Pra mim também foi, sem dúvida.
Mágico. Único. Inesquecível.